domingo, 19 de fevereiro de 2012

Tutoriais - tranças, make up, Petiscos

Vamos todos brincar de assistir tutoriais de maquiagem e cabelo e ser felizes. Foi justamente essa a minha vontade esta noite gostosinha de domingo-pra-segunda, nessa época gloriosa do carnaval. Ficar na internet foi a opção a assistir ao samba-enredo pela TV, pois pelo amor de todos os deuses, né pessoal?!
Então tá. Cá estava eu, procurando uma cor nova pra esse meu cabelo medíocre quando "descubro" alguns vídeos muito bons da Julia Petit. Conhecem? Segue, ora pois...:












Taí...portanto, se quiserem mais e mais e mais tutoriais da Petit, procurem aqui, ó:
http://www.youtube.com/user/Petiscostv?feature=watch  que é sucesso ;D
Falow...(deixa eu fazer minha trança aqui, tchaaau) rsrsrs


Divã 1

Sabe aquele momento em que você fala sozinha, discute consigo mesma, assim, meio que em voz alta, ou que conversa com as estrelas, os animais, as plantinhas, toda aquela coisa "bonitinha" de se fazer quando você está forever alone por ai? Tenho sim feito muito disso. E é meio que aquela coisa de ato-falho, golpes do inconsciente no momento consciente, essa loucura freudiana...Acordo, escolho a roupa para trabalhar, me pego soltando frases e mais frases em voz alta - as 6 horas da manhã, quando ninguém mais além de mim está acordado em casa. E depois não lembro do que estava falando. O quê? Hã? Que foi? Como? Quando? Onde? PERDIDA! Estou ficando louca, gente...estou tendo isso frequentemente. E às vezes entro no banheiro do escritório e começo a fazer isso. Falo, baixinho (pois em algum lugar profundo da minha consciência eu sei que tem mais gente do lado de fora) e fico só me olhando no espelho, discutindo qualquer coisa que eu não conseguirei me lembrar o que foi.
Ah...isso é normal? É rotineiro? Todos fazem isso? Fico me perguntando...
Ou no meio de uma conversa trivial, na hora do almoço eu paro, olho dos lados, me distraio facilmente e deixo a pessoa que está me acompanhando falando sozinha, abobada, do meu lado..."hã?" eu resolvo perguntar depois. Re-tar-da-da.
Memória seletiva? Só ouço aquilo que me convém. O resto que se dane, será isso? Então o que minha mente seleciona é beeem pouco, pois raramente lembro das conversas que tive recentemente. Desculpa, pessoa-que-almoça-comigo-e-se-sentiu-ofendida. Mas eu sou assim mesmo. Acho eu.
Tem horas que eu adoro ser assim, tem horas que eu detesto esquecer as coisas, mas o que será que posso fazer para que isso se reverta? Nada?
Tanto faz.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

A Voz da Consciência

 - Pra quê aceitar calada todas essas barbaridades que fizeram contigo, minha menina? E pra que perceber tudo isso só agora? É tarde demais...o mau já se foi, não antes de deixar seu coração em pedaços. Mas já se foi. Tente concertar tudo isso agora, garota. Pegue pedaço por pedaço. Conserte. Blinde o seu coração da próxima vez. Não é mais possível deixá-lo tão vulnerável, tão penetrável. Não dá pra confiar mais em ninguém...
E a menina começou a chorar. A menina não podia suportar essa realidade. Como assim, não confiar a ninguém seu coração? Como assim blindar-se? A crueldade ela não conseguia entender. Vivia na realidade errada, afinal. Sempre no lugar e hora errados.
 - Não chore, minha menina. A única verdade que eu te digo é esta mesmo. Não confie.
Sua consciência sempre repetia essas mesmas palavras. Mas a menina sempre ouvia mais o coração. E agora que este está em pedaços, o que mais a menina poderia fazer? Olhou para o horizonte: céu cinzento, névoa cobrindo os prédios. Entendeu o recado.
 - Será muito difícil - a menina disse - mas eu vou tentar.
E a partir dali não ouviu mais nenhuma palavra amorosa nem de sua família, nem de seus amigos, nem de mais ninguém. Afinal não se pode confiar em ninguém nessa vida.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Crônica 1

Depois de uma chuva torrencial que atingiu a cidade de São Paulo em cheio, ela pegou o metrô para ir para casa. O guarda-chuva molhado nas mãos e os fones de ouvido tocando Chopin - um piano para acalmar um pouco, não é verdade? A porta se fecha no Trianon-Masp e torna a se abrir na estação Brigadeiro. Sobem três pessoas. Dois segundos. Sobe um homem alto, cabelos cacheados (um castanho meio ruivo), forte, de bermuda e mochila nas costas, olhando para baixo. Ignorei. Olhei para o corredor. A música tranquilizante tinha terminado. Voltei o olhar para este homem. A porta do metrô se fechara. Então ele ergueu a cabeça - para mim - com aqueles olhos azuis. O tempo parou.
O tempo parou e não mais voltou a correr como antes, até agora. Redefini todos os meus conceitos, toda a minha tranquilidade se foi. Aqueles olhos azuis-claro profundos, perfurando a minha alma milhões de vezes. Tenho a certeza absoluta que ele saiu da tela de Michelangelo - o Monte Olimpo. Tenho certeza absoluta que ele saiu de lá. O tempo não voltou a ser como era antes. Desde que o encarei, longamente, perdi meu equilíbrio interior. Foi proposital? Foi bem depois que comecei a procurar artigos sobre paganismo na internet. Esse homem, esse...não sei  o que dizer.
Ele desceu na estação Alto do Ipiranga, ainda me encarando, como se eu fosse a única pessoa ali naquele subterrâneo. Subiu as escadas, as portas se fecharam e eu continuei onde estava. Totalmente perdida. Desci na próxima estação, e não posso evitar. Estou perdida até agora.